18 de mai. de 2009

UM NOVO ENREDO PARA MIM...




UM NOVO ENREDO PARA MIM...


Dias sem luz, manhãs tristes quando você não vem. Mas, tudo bem! Aprendi a não mendigar sentimento e a não fazer da vida um eterno lamento... Antes aprendi olhar pela janela, ver outras belezas através dela e descobrir novo horizonte logo ali defronte. Encontrar alguém que me queira, me ame de sobremaneira e saiba perdoar meus deslizes sem desenvolver neuras ou crises...

Sabe, já não sofro com sua ausência, aprendi a ter coerência, acatar a mão generosa do destino e deixar para trás todo ou qualquer desatino.

A vida é bem mais do que aquilo que imagino! Então por que viver assim fingindo? Aquele belo sentimento se foi e por ora torna-se meu sofrimento... Sei que amor não é algo fácil de apagar, porém sei mais ainda que um dia vai passar... Como tudo na vida se vai, também sairá da minha vida essa dor e viverei em paz!

Meu coração não baterá mais diferente quando por acaso você passar na minha frente.

Por favor não me venha, mesmo que o amor fale mais alto, se contenha!
Nada mais poderá ser como antes, não depois de tanto tempo assim distante...

Siga sua vida com aquilo que escolheu, seja feliz do jeitinho seu.
Fico por aqui trilhando outros enredos, sigo tranquila, venci meus medos!

Aprendi a ser forte com a frágil flor que enfrenta e rompe a rígida terra e a vence cheia de felicidade por amor à sua vida e por liberdade...



Djanira Luz

A FALTA QUE ME FAZES...


As imagens desta página foram retiradas da busca Google, caso seja sua criação e não autorize postá-la, favor entrar em contato comigo que retirarei imediatamente. Obrigada!

A FALTA QUE ME FAZES...

A cada dia mais menos te tenho
Ainda sim, a esperança retenho
Com grande esmero e empenho
Preservo em mim seu desenho...

Cada detalhe teu tornou-se laço
Dele me valho e não me desfaço
Passa o tempo, venço o cansaço
De esperar e receber teu abraço...

Nosso amor foi à primeira vista
No olhar selou-nos a conquista
Tipo novela, romance de revista
Como paixão vivida pelo artista...

Esse amor num papel, registrei
Com flores e cheiros, abençoei
Por esse afeto sempre esperei
Como meu amor maior, coroei...

Tu melhoras o meu caminho
Em teu coração eu me aninho
Contigo não me fere o espinho
Pois tu só me cobres de carinho...

Por isso algo pensei em escrever
E pelos meus versos poder dizer
Quanto mais eu tentei te esquecer
Sem ti, percebi que não quero viver...



Djanira Luz

A BRONCA DOS SANTOS


Capela Santo Antônio (interna) - Praça do Suspiro (do Teleférico) Nova Friburgo
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A BRONCA DOS SANTOS

Havia deitado tarde. Quando o despertador a acordou com a voz rouca do locutor, quis acertar o controle remoto para calar a voz alta dele. Eram sete e quinze de um domingo frio e não fazia sentindo levantar tão cedo num dia de folga.

Sabia que se fechasse os olhos mesmo que por uns segundos, perderia a missa e a catequista depois ficaria ligando para saber o motivo da ausência das crianças. Então, espreguiçou-se e numa raiva contida, não por ter que ir para a igreja, mas por sentir-se culpada de ter ido dormir tão tarde. O corpo estava cansado e ela totalmente desanimada, ainda deitada gritou:

- Ai, meu Deeeeusss!

Pronto, em três palavrinhas havia soltado toda fúria consequente da preguiça. Levantou-se, foi para o banheiro e debaixo do chuveiro achou graça do seu grito. “Meu grito do Ipiranga”, pensou enquanto se ensaboava.

Realmente, quando estamos chateados, nada melhor do que soltar a voz num grito de liberdade, para soltar os “demônios”, as preguiças, os fracassos, a fúria... E é bom que se faça sem que haja pessoa por perto, pois não devemos jogar nossa zanga ou descontentamento em cima de ninguém!

Tomado banho, feito o desjejum, encaminhou-se com a família para a missa.

Sentaram no quarto banco da lado direito da igreja. A missa transcorria normalmente. Transcorria normalmente até o momento do “ofertário” onde as crianças da catequese passam a cestinha para recolhimento das ofertas e dízimos. Silvia estava distraída olhando para as imagens dos santos, quando fixou olhar para o santo padroeiro da Capela onde frequentava, o Santo Antônio que estava lá bem ao fundo em destaque acima do altar.

Silvia olhava para o santo Antônio e teve a nítida sensação de tê-lo visto abrir a boca duas vezes como se falasse ou quisesse lhe falar alguma coisa. Achando que estava vendo coisas, um pouco assustada, olhou para o marido ao lado e não percebendo reação nenhuma dele, olhou para a filha e viu que ela também parecia-lhe normal.

A mulher ficou cismada com o santo e sua boca aberta. Para seu maior espanto, ao olhar para a imagem de São Judas Tadeu, viu que ele olhava sério para ela. Depois o santo colocou o dedo embaixo de um dos olhos e puxou levemente a parte inferior dele como se lhe dissesse:

“-Tô de olho! Fica esperta!”

Assombrada com aquela outra visão, Sílvia começa a acreditar-se louca. Temerosa, olha para o Sagrado Coração de Jesus que está em sua direção e o vê com o dedo em riste e quase pôde ouvi-lo pronunciar:

“-Ai, ai, ai, Minha filha... Veja bem o que anda fazendo!”

“-Não é possível! Devo estar sonhando ou maluca... Ou não devo ter acordado ainda, só pode!” – Pensou Silvia querendo uma resposta ou desculpa para aquelas “santas” broncas...

Silvia já nem levantava mais a cabeça com receio de encarar a Nossa Senhora do Carmo lá no canto direito do altar. O marido notando a posição da mulher assim cabisbaixa, tocou em seu ombro e perguntou:

- Está sentindo alguma coisa, querida? Está um tempo assim de cabeça abaixada...

- Não! Estou bem... Estou fazendo minhas preces...

- Ah... Tá bem!

“-Misericórdia, Senhor! Se os santos zangaram comigo, imagina a Nossa Senhora que é mulher! Vai me espinafrar e desconheço o motivo...” – Pensava Sílvia assustada.

Mas, mulher é mesmo bicho curioso e Silvia não se conteve e caiu em tentação. Olhou para a Nossa Senhora do Carmo e viu o que não queria.

Com o Menino Jesus nos braços, Nossa Senhora pareceu-lhe zangada. A santa fez para Sílvia aquele gesto de fechar a boca com zíper e depois sacudiu a mão como a mãe da gente faz para dizer que vai dar um boa e bela surra quando chegasse em casa, sabe como é? Pois é... Sílvia pareceu entender o recado e teve a sensação de ouvir Nossa Senhora sussurrar em seu ouvido:

“- Fica de boca fechada! E não adianta que hoje você não me escapa dos acertos de conta!!!”

Levantando-se rapidamente, demonstrando desequilíbrio e perturbação mental, Sílvia grita em plena missa:

- Vocês não podem me punir só porque dormi tarde e acordei sonolenta! Eu não volto mais aqui, eu não volto mais aqui, eu não volto mais aqui! - Saiu feito diabo fugindo da cruz aos berros.

E não é que ela nunca mais voltou para igreja católica! Hoje em dia é pastora da Igreja “Sede Santos”, irônico não?



Capela Santo Antônio (externa) Praça Suspiro (do Teleférico) Nova Friburgo
Djanira Luz

UMA CRÔNICA ROMÂNTICA PARA DANÇAR...


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UMA CRÔNICA ROMÂNTICA PARA DANÇAR...


Tem dias em que estou barulhenta, dançante, ponho música alta e faço minhas desajeitadas coreografias. Ontem foi um dia desses. Acompanhada dos amigos que insistiam em cantar alegremente para que eu dançasse descompromissada e feliz.

Quando eles começaram a cantar “É Você”, comecei a dançar mais suave, pois a melodia pedia que diminuísse o ritmo frenético das canções anteriores. Nisso, enquanto me girava vi meu filho me observando com aqueles olhinhos de filho que ama ver a mãe dançar. Ele se aproximou, agarrou-me na cintura e ficamos dançando em silêncio curtindo aquele momento bonito e prazeroso. Então, eu o peguei no colo e continuei a dança.

Os meus amigos presenciando aquela cena sentiram que havia sentimento demais no ar. Uma troca mútua de amor e de corpos. Corpos que antes já havia sido um, corpo que havia ficado aclopado ao outro por longo nove meses... E amigos especiais, aqueles que conhecem cada gesto, cada olhar nosso resolveram cantar “Carnalismo”, pois eles perceberam que o amor estava no ar, no espírito, na carne... E a dança seguiu numa osmose de corpos carregados de ternura materna e filial.

Aproveitando a delícia do momento, os amigos seguiram cantando “Mary Cristo”. Incrível como os amigos têm sensibilidade para transmitir em canções aquilo que queremos dizer, mas quando carregados de emoção não sabemos. Sim, sempre quando vemos uma mãe e um filho seu, algo transporta-nos para aquela cena de Maria embalando o seu Deus-Menino e eu com o meu menino nos braços imitava no gesto de carinho, a Maria...

Um menino de nove anos não tem o peso de um menino de dois, três ou cinco anos. Após a terceira música meus braços sentiram o peso da idade – dele e minha - percebi que ele já não tinha idade para colo, ao menos para o tempo de três músicas e eu já não tinha a mesma idade em que aguentava peso por mais tempo... Então, com carinho eu lhe disse:

- É, menino... Daqui mais um tempinho não poderei pegá-lo no colo, já está pesadinho!

Achei muito engraçadinha a resposta que obtive:

"- Mãe, então vou perder para não perder..."

- Perder para não perder!? – Quis saber.

"- É, acho que vou perder uns quilinhos para não perder o colinho..."

Uma graça, não? Magrelinha que é, não sei onde perder peso...

Ah, quem são os meus amigos? Arnaldo, Carlinho e Zé (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)... Ué! Se tenho amigos virtuais que nunca vi, não posso ter amigos “CDais”?rsrsrs



Djanira Luz
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