23 de nov. de 2009

VOCÊ ESTÁ VIVENDO DO JEITO QUE SONHOU?


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VOCÊ ESTÁ VIVENDO DO JEITO QUE SONHOU?


Você já fez o balanço da sua felicidade, ou melhor, dos seus momentos felizes? Pois, a felicidade, como dizem, é a soma desses momentos.

Alguma vez percebeu que ao longo dos anos privou-se de muitos dessas prazerosas oportunidades por querer agradar ou para não decepcionar alguém e notou que boa parte da sua vida reprimiu sonhos, desejos, amores por receios, religião e tabus?

Olhando para trás, estacionando no passado e observando aqui o presente fica pensando em tudo o que abriu mão, do quanto se anulou por viver aquilo que escolheram, que lhe idealizaram sem pensar em seus interesses e reais gostos. E você foi simplesmente ingerindo placidamente essa situação palha seca, insípida, como uma boa vaquinha de Presépio que só sabe concordar sem direito a manifestar vontade própria.

Vejo muitas pessoas assim como a mansa vaca com sua vida palha seca da conformidade. Essa condição prolonga até o dia em que a vaquinha começa enxergar além do estábulo, percebendo lá adiante, no mundo que ela se permitiu ignorar, há muitas braquiárias verdinhas à sua espera para lhe saciar a ausência de sabores e esperanças em sua vida.

De fato, eu em determinadas épocas, por conceitos pré-estabelecidos ou por ideias retrógradas, me vi sufocada por fazer não o que queria para mim, mas o que me era imposto. Um tempo em que o imperialismo familiar tolhia quereres ousados, dinâmicos. Até mesmo na literatura evitei escrever textos mais sensuais, reprimindo minha arte por conta da moral e bons costumes, por não querer faltar com o respeito.

Hoje percebo meu grande erro e quanto de agressão acatei ao me reprimir tanta beleza cultural e afetiva. O desrespeito verdadeiro não foi contra minha família, foi comigo mesma. Uma violência velada que me aprisionou à ideias erradas sobre o que de fato me era belo e desejoso.

Fazer o que se gosta não é desrespeito. Desejar o que se ama, não é erro e não macula coisa qualquer. Equívoco é insistir numa vida com falsas alegrias ou histórias de fina ilusão.

Sinto que ainda é tempo para uma revolução. Não daquela rebeldia juventil de me fazer cortar os cabelos bem curtos e colorí-los de roxo ou lilás, mas de fazer o que quero, o que desejo, o que acho bom e certo para mim, sem importar com as bocas abertas das admiradas censuras. É hora de dar um basta ao ditatorismo em meus pensamentos, tirar as amarras que apagam criatividades e conquistas.

A partir de agora vou agir livremente, cega para desagrados e surda para críticas. Afinal, viver em função da opinião alheia é uma forma de escravidão. E eu não gosto de estar presa a qualquer corrente ou linha de pensamento que aprisionam, que sufocam ou enjaulam o belo e o sincero que vai em meu coração.

Caso você se identifique com o que leu e descobriu sua vida insossa, diferente do jeito que sempre quis, mas da forma como moldaram para você. Olhe para fora e veja o verde das matas, há esperança lá fora! Nunca é tarde para mudar ou rasgar antigos conceitos pré-determinados e quebrar paradigmas ultrapassados.

Felicidade é bônus, é dádiva! Então, não deixe de vivê-la por medo de romper elos. Isso mesmo! Onde existe alguém vivendo sobre pressão para satisfação alheia, as correntes que prendem, seja numa relação afetiva, numa atividade profissional ou qualquer outra esfera, esses elos só podem ser frágeis, de vidro, fáceis de serem rompidos. Nada opressivo é mais forte do que o amor ou o desejo de realizar recônditos sonhos.

Sacie suas vontades, seja feliz com suas ideias, encontre coragem para mudanças benéficas!rs


Djanira Luz


SEM HOLOFOTES NO MEIO DA MULTIDÃO...


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SEM HOLOFOTES NO MEIO DA MULTIDÃO...





Na época em que os dias da minha vida eram dourados e a timidez infantil tomava conta de mim, eu quis esconder-me no meio da multidão. Sairia do campo de visão das pessoas que se voltavam para me ver. Misturada aos tantos rostos, imaginava que ficaria invisível e ninguém me notaria.

Já mais tarde, quando a primavera floriu os meus dias com ousada segurança e delicada vaidade juvenil, desejei não mais viver no anonimato. Ao invés de ser apenas mais um rosto, quis ser O rosto na multidão. Ter todos os holofotes das atenções voltados para a minha vida. Era época de descobertas, de ser projetada para grandes vitórias. No amor e na profissão. Por isso almejei ser observada. Era a chance para a conquista do sucesso com os rapazes e ascensão profissional.

Passaram-se muitos anos entre a tímida menina e a jovem ousada. Hoje, na idade da razão, sou experiente para me descobrir simplesmente mulher que venceu seus temores com coragem para seguir em frente. Aprendi a segurar as rédeas da ousadia, dosando-a com a sobriedade. Nos meus dias não há fama nem holofotes, ainda assim, possuo a minha luz e tenho a ciência de que sou apenas mais um rosto feliz, na multidão.



Djanira Luz
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